quinta-feira

Assafrão sim, amarelão não!




Abre o olho Dunga

Salve salve torcida alviverde de Parque Antarctica.
Gente boa, é o seguinte.

Eu já testemunhei e vocês já devem ter testemunhado, também, aquela situação em que uma pessoa vai ao Rio de Janeiro, por exemplo, e volta puxando o “s”; ou então o sujeito passa uma temporada em Porto Seguro e volta falando “oxente”, “meu rei”, etc;
Vai a São Paulo e volta falando “ôrra meu” coisas do gênero.
O contato com outras culturas por um longo período, isso é fato, faz com que o forasteiro assuma certos traços daquela cultura inconscientemente, mas, em curtos períodos, se uma pessoa começa a se comportar como os nativos, aí pode desconfiar, é palhaçada.
Vejamos o caso do técnico Dunga, da seleção brasileira. Foi pra China e resolveu aprender sobre um dos maiores hábitos da culinária local, ou seja, fritar pastel. E de tanto fritar pastel, acabou adquirindo o hábito de cerrar os olhar que é pra protegê-los dos respingos de gordura quente. Só que, na hora do jogo contra a Argentina ele esqueceu que não era hora de fritar pastel e comandou a equipe de olhos fechados e viu praticamente nada do jogo. Deu no que deu.
Abre o olho Dunga!

terça-feira

Amarelou


Era Dunga já era


O Aniversário

Salve Salve torcida alviverde de Parque Antárctica.
Gente boa, é o seguinte.

No último fim de semana, sábado dia 17, estivemos presentes, mas não levamos presente, aos aniversários do Rafael Rosa, vulgo Mamão do Posto. e do Paulim (Bar do Paulim no Setor Universitário). Festa muito boa, cerveja gelada, costela de vaca feita no capricho, muitos amigos e as presenças ilustres de figurinhas carimbadas do show biz. Confiram.



segunda-feira

(Vi)Adão e Eva

Nada de novo no front

Salve salve torcida alviverde de Parque Antarctica.
Gente boa, é o seguinte.

“Nada de novo no front” é o título de um dos maiores clássicos da literatura de lazer. Escrito pelo alemão Erich Maria Remarque, o romance, que virou, também, um dos maiores clássicos do cinema, descreve os horrores da I Guerra Mundial, da violência e desumanidade, não só da guerra em si, mas do dia a dia do soldado metido numa trincheira fétida, cheia de ratos, doenças e morte.
Entramos na última semana dos Jogos Olímpicos de Beijin e, violência à parte, sobre a participação do Brasil podemos dizer que não há “nada de novo no front”. Algumas medalhas no judô; uma aqui e outra ali na natação; mais alguma nos esportes náuticos; no vôlei de quadra e de areia, muito provavelmente, as medalhas virão; no futebol masculino e feminino as coisas estão indo bem. De forma que, se fizermos uma retrospectiva do quadro de medalhas do Brasil em todas as olimpíadas veremos que não há “nada de novo no front”.
O que chama a atenção, completada a metade das disputas é que um único atleta possui mais medalhas de ouro que a delegação brasileira inteira. Mais ainda, um único atleta possui, até o momento mais, mais medalhas de ouro do que todas as medalhas conquistadas pelo Brasil.
Eu não advogo a tese de que o estado tenha que interferir na formação esportiva de sua população, aliás, defendo que quanto menos o estado se intrometer na vida do cidadão, melhor. Todavia, se o estado faz a opção por adotar políticas públicas com vistas ao crescimento e amadurecimento esportivo, que o faça de maneira certa, com competência e responsabilidade, assim como se faz na China, em Cuba, como se fazia na ex-Alemanha Oriental, etc. No Brasil, somente 12% das escolas públicas possuem estrutura mínima para a prática esportiva de seus alunos. Cuba, até Atenas 2004, participou de 12 Olimpíadas onde conquistou um total de 170 medalhas, sendo 65 de ouro, 53 de prata e 52 de bronze. O Brasil até Atenas 2004 participou de 17 Olimpíadas nas quais conquistou 76 medalhas, sendo 17 de ouro, 21 de prata e 38 de bronze. Cuba não tem mais que 10 milhões de habitantes e o Brasil algo em torno de 200 milhões. O PIB do Brasil é incomparavelmente maior que o de Cuba, de forma que, a desculpa de que falta dinheiro para investir no esporte aqui no Brasil, é das mais esfarrapadas, pois se aqui não tem dinheiro, imaginem em Cuba.
Nos Estados Unidos, os maiores celeiros de atletas são as escolas secundaristas e as Universidades, e, as que mais revelam atletas são escolas particulares, ou seja, quando o estado está ausente, a iniciativa privada faz o que deve ser feito.
Quando falo em crescimento e amadurecimento esportivo eu incluo uma atitude mais responsável, também, dos atletas, eles precisam ter mais humildade e humildade, entenda-se bem, não é baixar a cabeça diante da superioridade dos outros. Humildade é saber reconhecer as limitações, os erros e não colocar a culpa nas condições de disputa, como fizeram as ginastas Jade Barbosa e Daiane dos Santos, para quem o fracasso de ambas teria sido o tablado, o qual, por ser, supostamente, muito macio fazia com que elas se elevassem demais do solo. Ora, se o tablado é ruim para elas, é ruim para todas as demais concorrentes. Desculpa de aleijado é muleta, meninas!
Eu defendo a tese de que, para sediar uma Olimpíada, além de parâmetros econômicos-sociais que identifique o comprometimento do estado com o bem estar de seu povo, o país candidato deveria ter, também, um histórico de envolvimento com o esporte que o habilitasse a uma candidatura. Enquanto falta um mínimo de estrutura para que os jovens se dediquem a praticar esportes; enquanto nossos hospitais públicos, ao invés de salvar estão matando por falta de médicos, remédios e equipamentos o Sr. Lula, de uma só vez, destinou 85 milhões de reais só para confeccionar o relatório de intenções do Brasil com vistas a sediar a Olimpíada de 2016. Enquanto isso, o governo esperneia para recriar a CPMF, pois falta dinheiro para a saúde. Ora, vai para o inferno Lula.
Finalizando, ao contrário do que Artur Nusman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, quis nos fazer acreditar, de que a maior delegação brasileira de todos os tempos, expressa o estágio superior em que se encontra nosso esporte, a participação brasileira em Beijin só não é um fracasso total porque os atletas que lá estão são muito mais que atletas, são heróis que no seu dia-a-dia travam batalhas violentíssimas para conseguirem sobreviver nessa guerra de trincheiras chamada Brasil, onde co-habitam a corrupção, a impunidade, o oportunismo, interesses excusos, a podridão.

quarta-feira

Quem fala o que quer, lê o que não quer!

Carta aberta para Renato Aragão, o Didi.
(Garoto Propaganda da Globo)
Quinta, 23 de julho de 2008.
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu Nome para colar nas correspondências) .
Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta. Não foi por 'algum' motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última Carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação. Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem! Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária. Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família. Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.
O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso!
Não acha?
Você diz em sua Carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua Carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é 'o cara'. Ele tem a chave do Cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece...
No último parágrafo da sua Carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da 'minha' doação, que a 'minha' doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho. Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma Carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possa desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari .
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.
PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança. Fiquem sabendo, as organizações Globo entregam todo o dinheiro arrecadado à UNICEF e recebem um recibo do valor para dedução do seu imposto de renda. Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda, porque é ela quem o faz.
PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS? MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS? BRASILEIROS PATRIOTAS, DIVULGUEM ESSA REVOLTA....!

sexta-feira